Numa história de contornos simples John Boyne consegue infiltrar o leitor no mundo em mudança de Bruno, uma criança dividida entre o universo protector que conhece e o exterior pleno de sombras indefiníveis por explorar e realidades paralelas em colisão com os ideais nazis representados pelo pai, recém-nomeado comandante de um campo de concentração.
As mutações sofridas na vida de Bruno entrecruzam-se com a própria metamorfose do Mundo face ao avanço megalómano nazi e o desmoronar da vida que sempre conhecera em Berlim coincide com a derrocada do Mundo livre.
O pequeno Bruno reúne em si a gravidade do despojamento violento com que o Mundo é sacudido, sobretudo o Mundo Judeu Europeu e os Mundos distintos não tolerados pela nova cultura “ariana” de perfeição.
Isolado na prisão sombria que constitui a nova casa da família, junto ao campo que o pai comanda, Bruno explora os bosques que circundam “Acho-Vil” e depara-se com um local vedado com arame farpado.
Ao aproximar-se vê que se encontra sentado junto à vedação um rapazinho de aspecto frágil, vestido com um estranho pijama às riscas. Shmuel e Bruno tornam-se amigos. Ambos fugitivos da casa que os adultos lhes impuseram. Unidos pela inocência, pelo total alheamento face à realidade de horrores que os rodeia, materializada pelos fumos que se erguem ao céu, a evasão possível.
Recomendo este livro porque já li muitas páginas de ficção e não ficção sobre o tema e encontrei nesta pequena obra originalidade na abordagem e na construção narrativa, provando que este é um tema inesgotável com desenlaces sempre passíveis de surpreender mesmo o leitor mais experimentado.
As mutações sofridas na vida de Bruno entrecruzam-se com a própria metamorfose do Mundo face ao avanço megalómano nazi e o desmoronar da vida que sempre conhecera em Berlim coincide com a derrocada do Mundo livre.
O pequeno Bruno reúne em si a gravidade do despojamento violento com que o Mundo é sacudido, sobretudo o Mundo Judeu Europeu e os Mundos distintos não tolerados pela nova cultura “ariana” de perfeição.
Isolado na prisão sombria que constitui a nova casa da família, junto ao campo que o pai comanda, Bruno explora os bosques que circundam “Acho-Vil” e depara-se com um local vedado com arame farpado.
Ao aproximar-se vê que se encontra sentado junto à vedação um rapazinho de aspecto frágil, vestido com um estranho pijama às riscas. Shmuel e Bruno tornam-se amigos. Ambos fugitivos da casa que os adultos lhes impuseram. Unidos pela inocência, pelo total alheamento face à realidade de horrores que os rodeia, materializada pelos fumos que se erguem ao céu, a evasão possível.
Recomendo este livro porque já li muitas páginas de ficção e não ficção sobre o tema e encontrei nesta pequena obra originalidade na abordagem e na construção narrativa, provando que este é um tema inesgotável com desenlaces sempre passíveis de surpreender mesmo o leitor mais experimentado.