
Alguns anos após o percurso mártir de Joana D’Arc, a donzela nascida em Domrémy-la-Pucelle em 1412 e assolada por visões que apontavam o caminho da absoluta soberania de uma França abalada pela guerra dos cem anos, convertendo-se Jeanne no instrumento divino dessa vontade sobrenatural e inabalável de apoio aos Armagnacs, descobrem-se documentos que provam a santidade da sacrificada na fogueira na cidade de Rouen em 1431.
A descoberta de documentos provenientes de um interveniente no processo, assassinado para não revelar a verdade que já não podia ocultar, acaba por envolver pessoas próximas do homem que desejou expor o erro do cumprimento da sentença perante os milagres a que havia assistido após terem queimado viva a donzela de Orleães.
Um grupo de homens reúne-se numa cruzada com o objectivo único de provar em definitivo o equívoco em que se baseou a condenação de Joana e seguimos todos os seus esforços, rodeados de perigos vários provenientes daqueles que sentem a ameaça da verdade no seu encalço.
Em paralelo, partilhamos momentos do julgamento de Joana e os instantes que antecedem a sua morte pelas chamas proferindo palavras de perdão direccionadas aos seus carrascos: Pai, eu Te suplico que acolhas a alma desta aflita criatura, e que tenhas por bem não ter em conta os seus momentos de debilidade e dúvida. Que o Teu amor generoso, oh Pai, se derrame sobre os meus irmãos, presentes e ausentes, e os abençoe, protegendo-os de todos os males. Rogo-Te, Rei do Céu, que não sejam castigados pelo pecado que, no meu corpo, podem estar a cometer contra Ti. Senhor, tem piedade dos cordeiros extraviados, que não se encontram no caminho recto para o regresso a casa.
Peço também que todo o tipo de pessoas aqui presentes, quer sejam armanhaques, borgonheses ou ingleses, tenham piedade de mim. Rezem a Nosso Senhor pela salvação da minha alma, que é a vossa, não importa o partido a que pertencem, nem a que mortal tenham jurado lealdade.
A comoção invade as hostes presentes e mesmo aqueles que, momentos antes, desejavam a morte de Joana D’Arc, não suportam a aspereza do confronto com uma alma pura que apesar de amarrada a um poste e preparada para morrer pela sua Fé, perdoa os homens que a capturaram e que se preparam para assistir ao seu último suspiro.
A multidão emudece e todos compreendem, numa unanimidade rara em tempos de guerra, que estão a sacrificar uma Santa, que é uma Santa a mulher de cabelo curto exposta no palanque de madeira.
Joana D’Arc foi canonizada em 1920, mais de cinco séculos depois da sua morte.
Ter-se-á cumprido a sua vingança?
Acredito que a santidade dispensa tal sentimento.
A descoberta de documentos provenientes de um interveniente no processo, assassinado para não revelar a verdade que já não podia ocultar, acaba por envolver pessoas próximas do homem que desejou expor o erro do cumprimento da sentença perante os milagres a que havia assistido após terem queimado viva a donzela de Orleães.
Um grupo de homens reúne-se numa cruzada com o objectivo único de provar em definitivo o equívoco em que se baseou a condenação de Joana e seguimos todos os seus esforços, rodeados de perigos vários provenientes daqueles que sentem a ameaça da verdade no seu encalço.
Em paralelo, partilhamos momentos do julgamento de Joana e os instantes que antecedem a sua morte pelas chamas proferindo palavras de perdão direccionadas aos seus carrascos: Pai, eu Te suplico que acolhas a alma desta aflita criatura, e que tenhas por bem não ter em conta os seus momentos de debilidade e dúvida. Que o Teu amor generoso, oh Pai, se derrame sobre os meus irmãos, presentes e ausentes, e os abençoe, protegendo-os de todos os males. Rogo-Te, Rei do Céu, que não sejam castigados pelo pecado que, no meu corpo, podem estar a cometer contra Ti. Senhor, tem piedade dos cordeiros extraviados, que não se encontram no caminho recto para o regresso a casa.
Peço também que todo o tipo de pessoas aqui presentes, quer sejam armanhaques, borgonheses ou ingleses, tenham piedade de mim. Rezem a Nosso Senhor pela salvação da minha alma, que é a vossa, não importa o partido a que pertencem, nem a que mortal tenham jurado lealdade.
A comoção invade as hostes presentes e mesmo aqueles que, momentos antes, desejavam a morte de Joana D’Arc, não suportam a aspereza do confronto com uma alma pura que apesar de amarrada a um poste e preparada para morrer pela sua Fé, perdoa os homens que a capturaram e que se preparam para assistir ao seu último suspiro.
A multidão emudece e todos compreendem, numa unanimidade rara em tempos de guerra, que estão a sacrificar uma Santa, que é uma Santa a mulher de cabelo curto exposta no palanque de madeira.
Joana D’Arc foi canonizada em 1920, mais de cinco séculos depois da sua morte.
Ter-se-á cumprido a sua vingança?
Acredito que a santidade dispensa tal sentimento.