Quando o mundo acordou para a realidade do que havia sido o Holocausto – A indignidade dos que foram mantidos vivos e a dos que morreram enquanto viveram, o sofrimento provocado pelas mais variadas formas de tortura e o calculismo com que a solução final foi planeada – a expressão “Nunca mais!” ganhou uma consistência humanitária direccionada ao poder político, bem como ao cidadão comum. Tratava-se de um apelo à eterna vigilância, um apelo à intervenção dos governos e dos cidadãos comuns, à permanente atenção a sinais que indicassem a existência de violação dos direitos humanos em qualquer parte do mundo, contra qualquer povo.
A leitura que hoje vos apresento “Basta! Acabar com o genocídio no Darfur e noutros locais” pretende, precisamente na linha do atrás referido, agitar consciências, chamar as pessoas a agir perante as evidências trágicas transmitidas pelos meios de comunicação social, pelas organizações humanitárias envolvidas na ajuda às populações perseguidas e pelos próprios governos que reconhecem a consistência da informação veiculada pelos seus emissários. Os autores guiam o leitor nas inúmeras possibilidades disponíveis para que uma postura activa nasça ou se consolide na luta pelos direitos humanos no Darfur e noutros locais, na luta pelo fim do lento genocídio organizado pelo governo sudanês e posto em prática pelos janjaweed, as mílicias ao serviço dos propósitos pró-arábes de Cartum.
Segundo Don Cheadle e John Prendergast (Don Cheadle é um conceituado actor que viu despoletar-se em si a necessidade de acção através da participação no filme “Hotel Ruanda” e, de certa forma, simboliza o cidadão comum que até agora assistiu passivamente à tragédia no Darfur; Por seu turno, John Prendergast foi conselheiro da administração Clinton e activista de causas humanitárias sendo, como tal, um profundo conhecedor dos dois lados da barricada), a melhor forma de se conseguir uma acção diplomática concreta e com efeitos palpáveis no terreno, ou seja, consequências na vida constantemente ameaçada dos cidadãos não-árabes no Darfur, é impelir o cidadão comum a um activismo humanitário mais ou menos intenso, mas sempre tendo em consideração que é através da pressão de organizações, associações, congregações e movimentos, que os governos despertam para a urgência de aspectos da agenda política que dificilmente poderão ficar em lista de espera. Acreditam os autores que, instando os governantes por nós eleitos a assumir uma posição interventiva em questões que, pela sua gravidade em termos humanos, ultrapassam as fronteiras de um determinado país, algo pode mudar.
A obra incita-nos a fazer algo pelos darfurianos em particular, mas também nos alerta para outras causas prementes como sejam as graves situações verificadas no norte do Uganda, no Congo ou na Somália. As propostas de acção apresentadas são muito americanas, mas a verdade é que são facilmente adaptáveis a um contexto social europeu, português e até, diria eu, aplicáveis a problemas intramuros.
A leitura que hoje vos apresento “Basta! Acabar com o genocídio no Darfur e noutros locais” pretende, precisamente na linha do atrás referido, agitar consciências, chamar as pessoas a agir perante as evidências trágicas transmitidas pelos meios de comunicação social, pelas organizações humanitárias envolvidas na ajuda às populações perseguidas e pelos próprios governos que reconhecem a consistência da informação veiculada pelos seus emissários. Os autores guiam o leitor nas inúmeras possibilidades disponíveis para que uma postura activa nasça ou se consolide na luta pelos direitos humanos no Darfur e noutros locais, na luta pelo fim do lento genocídio organizado pelo governo sudanês e posto em prática pelos janjaweed, as mílicias ao serviço dos propósitos pró-arábes de Cartum.
Segundo Don Cheadle e John Prendergast (Don Cheadle é um conceituado actor que viu despoletar-se em si a necessidade de acção através da participação no filme “Hotel Ruanda” e, de certa forma, simboliza o cidadão comum que até agora assistiu passivamente à tragédia no Darfur; Por seu turno, John Prendergast foi conselheiro da administração Clinton e activista de causas humanitárias sendo, como tal, um profundo conhecedor dos dois lados da barricada), a melhor forma de se conseguir uma acção diplomática concreta e com efeitos palpáveis no terreno, ou seja, consequências na vida constantemente ameaçada dos cidadãos não-árabes no Darfur, é impelir o cidadão comum a um activismo humanitário mais ou menos intenso, mas sempre tendo em consideração que é através da pressão de organizações, associações, congregações e movimentos, que os governos despertam para a urgência de aspectos da agenda política que dificilmente poderão ficar em lista de espera. Acreditam os autores que, instando os governantes por nós eleitos a assumir uma posição interventiva em questões que, pela sua gravidade em termos humanos, ultrapassam as fronteiras de um determinado país, algo pode mudar.
A obra incita-nos a fazer algo pelos darfurianos em particular, mas também nos alerta para outras causas prementes como sejam as graves situações verificadas no norte do Uganda, no Congo ou na Somália. As propostas de acção apresentadas são muito americanas, mas a verdade é que são facilmente adaptáveis a um contexto social europeu, português e até, diria eu, aplicáveis a problemas intramuros.
2 comentários:
Sem dúvida, é necessário e urgente pôr termo a situações como esta! Tudo o que chame a atenção para tais factos, é de ter em conta. Parece ser o caso real deste livro. Vou tomar nota e conhecê-lo melhor.
Na verdade, não sei como podemos conviver, todos nós, mundo "confortável",com situações desta natureza. Claro que os governos dos países que dominam o mundo é que têm o maior poder para modificar tudo isto. Cada um de nós, no entanto, terá um papel do qual não podemos alhear-nos.
Obrigada, Carla! :)
Beijinhos
É isso mesmo Ana, todos nós podemos desempenhar um papel, por mais ínfimo que seja, na mudança deste intolerável estado de coisas... Em relação à situação relatada no livro e em relação a tantas outras situações... Estou a escrever-te esta mensagem e estou a ouvir no Jornal 2 a notícia de que Portugal tem cerca de 2 milhões de pobres... De facto custa conviver com este tipo de realidade e há pequenas tomadas de posição que estão ao alcance de qualquer um...
Beijinhos Ana:)
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