Ao escrever “A Cidadela Branca”, Ohran Pamuk “guia-nos” numa viagem metafísica de busca do “Eu” de duas personagens que se confundem numa osmose de semelhanças físicas e psíquicas.
O narrador, um jovem italiano feito prisioneiro pelo inimigo turco, consegue sobreviver graças a uma invulgar capacidade de adaptação e improvisação que o conduzem às mais altas esferas do poder turco da época retratada.
A busca da personalidade de dois Homens possuidores de feições aparentemente idênticas, converte-se numa constante troca de informações sobre as especificidades da vida de cada um (no fundo, aquilo que os distingue verdadeiramente), não os libertando, contudo, da crença de que, a sua semelhança e improvável encontro, se prendem com um desígnio superior não decifrável que os convoca para uma existência a dois de dependência mútua, submetendo-se ao gotejar do tempo e à presença, por vezes insuportável um do outro. O tempo decorre e a cidadela branca, palco de uma batalha fracassada por ambos, é também palco da revelação que os alerta para a necessidade de uma troca definitiva de identidades, aquilo que os salvará da morte certa.
A troca consuma-se e não existe esforço na corporização de uma vida submersa na bruma de um intervalo a partir do qual tudo se alterou, a partir do qual os acontecimentos de duas vidas unificaram-se sem se fundirem. O passado estacou e a fatalidade da revelação manifestou-se com a visão de uma branca cidadela inexpugnável.
O narrador, um jovem italiano feito prisioneiro pelo inimigo turco, consegue sobreviver graças a uma invulgar capacidade de adaptação e improvisação que o conduzem às mais altas esferas do poder turco da época retratada.
A busca da personalidade de dois Homens possuidores de feições aparentemente idênticas, converte-se numa constante troca de informações sobre as especificidades da vida de cada um (no fundo, aquilo que os distingue verdadeiramente), não os libertando, contudo, da crença de que, a sua semelhança e improvável encontro, se prendem com um desígnio superior não decifrável que os convoca para uma existência a dois de dependência mútua, submetendo-se ao gotejar do tempo e à presença, por vezes insuportável um do outro. O tempo decorre e a cidadela branca, palco de uma batalha fracassada por ambos, é também palco da revelação que os alerta para a necessidade de uma troca definitiva de identidades, aquilo que os salvará da morte certa.
A troca consuma-se e não existe esforço na corporização de uma vida submersa na bruma de um intervalo a partir do qual tudo se alterou, a partir do qual os acontecimentos de duas vidas unificaram-se sem se fundirem. O passado estacou e a fatalidade da revelação manifestou-se com a visão de uma branca cidadela inexpugnável.
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