“A Fé de um Escritor” é uma compilação de doze ensaios e uma entrevista de cariz intimista publicados originalmente em revistas e jornais da especialidade e através dos quais acedemos a reflexões sobre a actividade da escrita na perspectiva de quem escreve (Joyce Carol Oates como escritora) e de quem lê (Joyce Carol Oates como leitora voraz).
Conhecemos na primeira pessoa os hábitos da escritora e da leitora. O antes, o durante e o após a “fúria” criativa enquanto escritora e a absorção do furor criativo de outros autores enquanto leitora; a transformação que o acto da escrita provoca no sujeito que escreve e a metamorfose operada no leitor quando se propõe debruçar-se sobre uma determinada obra; a forma como o espaço físico condiciona a postura do autor e do leitor; a predisposição do autor em determinados momentos para juntar todos os pequenos papéis que foi acumulando nos bolsos à medida que as ideias brotavam e que após uma longa caminhada origina aquilo que designamos por obra, um todo coeso produto de muitas e aturadas leituras, muitas e prolongadas considerações íntimas, muitas e forçosas vivências, muita observação aparentemente vazia de sentido, muitas e profundas influências, rastos deixados na alma, no coração da escritora/leitora.
Joyce Carol Oates, autora consagrada, presta homenagem às suas autoridades literárias, dedica inúmeras páginas aos seus “guias” enquanto escritora metódica e leitora compulsiva, povoa os escritos de “A Fé de um Escritor” de autores fabulosos e obras eminentes que condicionaram a sua existência enquanto escritora/leitora.
Fragmentos desses livros memoráveis, sejam romances ou poemas, são perpetuados no seu como forma de aniquilar o esquecimento, de louvar a intensidade do acto de ler porque só assim nasce o verdadeiro escritor (para quem tem essa pretensão, naturalmente… Quanto aos que não aspiram a tal patamar, subsiste sempre a delícia, o prazer, o abandono a essa espécie de fé inabalável pelo livro).
Joyce Carol Oates reverencia os mestres que a antecederam e os mestres seus contemporâneos, todos os que lhe apontaram o caminho quando ainda não tinha consciência de que esse trilho, essa opção era uma realidade a seguir ou a rejeitar. É numa perspectiva de amor pelos livros e seus autores que Oates nos apresenta uma panóplia das mais marcantes forças literárias da sua vida.
A voz franca, de uma honestidade cristalina e sábia de Joyce Carol Oates é motivo suficiente para ler, degustar os ensaios agora compilados neste volume que evidencia com simplicidade e mestria que a actividade literária, a vida e a técnica são partilhados por escritor e por leitor. Sim, nós leitores desenvolvemos uma actividade literária em muitos casos intensa.
Este é um livro indispensável para quem lê como quem respira, para quem venera a leitura e os livros como se de um acto e um objecto de fé se tratassem.
Conhecemos na primeira pessoa os hábitos da escritora e da leitora. O antes, o durante e o após a “fúria” criativa enquanto escritora e a absorção do furor criativo de outros autores enquanto leitora; a transformação que o acto da escrita provoca no sujeito que escreve e a metamorfose operada no leitor quando se propõe debruçar-se sobre uma determinada obra; a forma como o espaço físico condiciona a postura do autor e do leitor; a predisposição do autor em determinados momentos para juntar todos os pequenos papéis que foi acumulando nos bolsos à medida que as ideias brotavam e que após uma longa caminhada origina aquilo que designamos por obra, um todo coeso produto de muitas e aturadas leituras, muitas e prolongadas considerações íntimas, muitas e forçosas vivências, muita observação aparentemente vazia de sentido, muitas e profundas influências, rastos deixados na alma, no coração da escritora/leitora.
Joyce Carol Oates, autora consagrada, presta homenagem às suas autoridades literárias, dedica inúmeras páginas aos seus “guias” enquanto escritora metódica e leitora compulsiva, povoa os escritos de “A Fé de um Escritor” de autores fabulosos e obras eminentes que condicionaram a sua existência enquanto escritora/leitora.
Fragmentos desses livros memoráveis, sejam romances ou poemas, são perpetuados no seu como forma de aniquilar o esquecimento, de louvar a intensidade do acto de ler porque só assim nasce o verdadeiro escritor (para quem tem essa pretensão, naturalmente… Quanto aos que não aspiram a tal patamar, subsiste sempre a delícia, o prazer, o abandono a essa espécie de fé inabalável pelo livro).
Joyce Carol Oates reverencia os mestres que a antecederam e os mestres seus contemporâneos, todos os que lhe apontaram o caminho quando ainda não tinha consciência de que esse trilho, essa opção era uma realidade a seguir ou a rejeitar. É numa perspectiva de amor pelos livros e seus autores que Oates nos apresenta uma panóplia das mais marcantes forças literárias da sua vida.
A voz franca, de uma honestidade cristalina e sábia de Joyce Carol Oates é motivo suficiente para ler, degustar os ensaios agora compilados neste volume que evidencia com simplicidade e mestria que a actividade literária, a vida e a técnica são partilhados por escritor e por leitor. Sim, nós leitores desenvolvemos uma actividade literária em muitos casos intensa.
Este é um livro indispensável para quem lê como quem respira, para quem venera a leitura e os livros como se de um acto e um objecto de fé se tratassem.
4 comentários:
Ora, então é um livro para mim! =DD
Fico feliz por te reconheceres neste movimento de fé;)
E para mim também!Achei-o muito interessante mesmo.
Obrigada pelo prémio! =)
Joana: É um livro para quem gosta de ler, não só para quem escreve, imperdível, não é?:)
Enviar um comentário