Num dado momento da sua queda, um homem nobre de nascimento e agora prisioneiro na Sibéria, recorda-se do momento em que mais amado e protegido se sentira na vida, um momento irrepetível em que um dos servos da gleba da sua família o tratara como a um filho.
Observava-o a lavrar os campos quando ouviu alguém gritar que vinha ali um lobo; o narrador, agarrara-se ao Mujique e este demonstrara aquilo que é designado nas páginas lidas como “instinto maternal” pois, embora soube-se que ali não havia lobos, compadecera-se de tal forma do seu pequeno amo que, nos confins do mundo palpável e nos confins da sua alma, aquele Homem preso a grilhetas, escapara dos muros frios do presídio e encontrara o caminho de casa. Estava em casa.
Observava-o a lavrar os campos quando ouviu alguém gritar que vinha ali um lobo; o narrador, agarrara-se ao Mujique e este demonstrara aquilo que é designado nas páginas lidas como “instinto maternal” pois, embora soube-se que ali não havia lobos, compadecera-se de tal forma do seu pequeno amo que, nos confins do mundo palpável e nos confins da sua alma, aquele Homem preso a grilhetas, escapara dos muros frios do presídio e encontrara o caminho de casa. Estava em casa.
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