Uma história simples de contornos complexos é o ponto de partida para o relato entrecortado por convulsões de dor incrédula de um marido viúvo há poucas horas.
Desonrado aos olhos dos seus pares (enquanto militar, recusara-se a travar um duelo) e para sempre marcado por esta nódoa na sua existência, refizera a sua vida depois de receber uma inesperada herança. Estabelecera-se como penhorista e apaixonara-se pela jovem de 15 anos que semana após semana se desfazia de tudo o que a recordava da família mais próxima já desaparecida. Propõe-lhe casamento ao saber que as tias a empurravam para um outro homem para benefício próprio.
Apesar de a amar, este é um homem traumatizado pela rejeição e, como tal, oculta a mancha que assombra o seu passado (e o presente, claro) para que, uma vez tendo conhecimento do porquê da recusa de bater-se em duelo, pudesse a mulher ser a primeira a considerar a sua atitude honrosa e não cobarde. No entanto, uma rigidez permanente, um autoritarismo injustificado, provocam o inverso da inicial submissão daquela mulher tão jovem e, contudo, tão madura na percepção da rejeição de que ela própria se sentia vítima. Ela rebela-se, envolve-se com outro homem, descobre a verdade pela boca do inimigo visceral do marido e no fim, perante a complacência de um marido vencido, ajoelhado a seus pés como perante um altar sagrado, a menina tornada mulher, adoece perante a sua incapacidade de submissão. E o que restava a uma mulher não submissa no tempo em que decorre a história? A heroína precipita-se de uma janela e deixa um vazio, apenas um vazio de silêncios no coração insubmisso de um homem que também foi contra as convenções do seu tempo. O abismo esteve próximo para ele numa primeira fase. Foi salvo. Mas a fuga foi momentânea. O destino encontrou-o e enlaçou-o com a aparição e desaparecimento do anjo que jazia morto na mesa da casa comum.
Desonrado aos olhos dos seus pares (enquanto militar, recusara-se a travar um duelo) e para sempre marcado por esta nódoa na sua existência, refizera a sua vida depois de receber uma inesperada herança. Estabelecera-se como penhorista e apaixonara-se pela jovem de 15 anos que semana após semana se desfazia de tudo o que a recordava da família mais próxima já desaparecida. Propõe-lhe casamento ao saber que as tias a empurravam para um outro homem para benefício próprio.
Apesar de a amar, este é um homem traumatizado pela rejeição e, como tal, oculta a mancha que assombra o seu passado (e o presente, claro) para que, uma vez tendo conhecimento do porquê da recusa de bater-se em duelo, pudesse a mulher ser a primeira a considerar a sua atitude honrosa e não cobarde. No entanto, uma rigidez permanente, um autoritarismo injustificado, provocam o inverso da inicial submissão daquela mulher tão jovem e, contudo, tão madura na percepção da rejeição de que ela própria se sentia vítima. Ela rebela-se, envolve-se com outro homem, descobre a verdade pela boca do inimigo visceral do marido e no fim, perante a complacência de um marido vencido, ajoelhado a seus pés como perante um altar sagrado, a menina tornada mulher, adoece perante a sua incapacidade de submissão. E o que restava a uma mulher não submissa no tempo em que decorre a história? A heroína precipita-se de uma janela e deixa um vazio, apenas um vazio de silêncios no coração insubmisso de um homem que também foi contra as convenções do seu tempo. O abismo esteve próximo para ele numa primeira fase. Foi salvo. Mas a fuga foi momentânea. O destino encontrou-o e enlaçou-o com a aparição e desaparecimento do anjo que jazia morto na mesa da casa comum.
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